O ANO EM QUE TIREI MINHA FILHA DA ESCOLA

2015 é o ano em que tiro minha filha da escola. Não para sempre, por um ano.

Essa decisão não veio de repente, veio de um processo que dura há anos. Culminou nessa ideia em setembro de 2014.

Vamos ao que houve e ao que vamos fazer nos próximos meses…

Desde que mudei para Manaus, em 2010, a Clara estudou numa escola mais típica da socialização do que do estudo dos livros. E tudo bem sobre isso, acho que há mesmo inteligências múltiplas para desenvolvermos. Socializar me parecia melhor que se debruçar por horas e horas sobre livros naquele momento.

Foram quatro anos nesse ritmo.

Notas razoáveis. Amigos que visitavam nossa casa. Nenhum problema grave diante dos meus olhos.

Mas o ensino fundamental terminou e de alguma forma eu analisei que seria melhor que a Clara fosse para uma escola com mais método, mais disciplina, mais organização de horários e didáticas. Afinal, ensino médio exige mais e o vestibular está batendo à porta – digamos que é uma ditadura da inclusão e eu não gostaria que a minha filha ficasse fora da roda.

Na busca por escolas em Manaus, algumas eu nem visitei. Já sabia de suas famas incrivelmente rigorosas e conteudistas. Passei direto pela porta sem entrar. Até que visitei uma escola que ganhou nossos corações, ou melhor, me seduziu intelectualmente. Tudo tão novo. Tudo tão organizado. Pessoas tão gentis. Apresentação tão bem feita da escola e seus métodos. Tantas respostas na ponta da língua. Pronto! Me convenceram. E daí iniciamos, eu e a Clara, o movimento para a mudança de escola.

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O ano começou com uniforme novo, horário novo, empolgação nova, mensalidade nova.

R$889 com desconto. R$1200 para depois do vencimento.

6h40 era o horário de entrada.

Passa fevereiro. Passa março.

Vejo boas notas no colégio. Não vejo amigos lá em casa. Não vejo nem minha filha lá em casa, que agora fica só no quarto com seu celular.

Passa abril. Passa maio.

E aí a Clara resolve fazer mechas loiras no cabelos. E um piercing pequeno no nariz, desses que ficam na lateral.

Por mim tudo bem. Permissão concedida sem problemas. Minha filha adolescente finalmente saiu do quarto e pensou em interagir com o mundo, se recriar, usar a arte para se expressar de alguma forma.

Mas para o colégio não estava nada bem.

Ela teve que voltar para casa. Repintar o cabelo de alguma cor que significasse “não pintura”. Tampou o piercing com um band-aid cor da pele. Teve que tirar o piercing, porque abaixo do band-aid havia um piercing proibido.

Repintou o cabelo. Tirou o piercing.

Nessa época tive um sentimento terrível de repressão. Conversava horas com meu marido tentando, de alguma forma, assimilar o que estava acontecendo. Se nem eu mesma havia proibido a Clara de pintar o cabelo e fazer o piercing, que mal havia ir para o colégio assim? E que mal havia em manter o piercing até que cicatrizasse embaixo do band-aid? Queria ser uma mãe dessas que batem na mesa e dizem “isso é absurdo, não pode ser assim, que disciplina toda é essa?”. Para mim estava rígido demais, repressor demais, limitador demais.

Tentar fazer as pessoas “normais” é só uma tentativa frustrada de estabelecer um padrão. Por trás da padronização há sempre um sentimento muito forte de “não enquadramento”, de se sentir “um peixe fora d’água”, de perceber suas próprias imperfeições. Resultado? Autoestima lá embaixo. Pessoas reprimidas e artificiais, que fingem ser uma coisa enquanto são outras.

Quis com todas as forças lutar contra a força da escola. Chegamos a visitar outros colégios, mas em pleno meio de ano era difícil conciliar as notas, e os livros, e as datas, e as faltas… tanta coisa feita exatamente para aprisionar que preferi encarar o restante do ano na escola limitadora.

Passa junho. Passa julho.

A Clara só fica no quarto. Notas dez na escola. Amizades zero.

 

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Passa agosto. Passa setembro.

E era hora de comprar um novo tênis para a escola. All star clássico. Tem melhor? Mas naquela escola All Star não pode, “porque o bico branco chama muita atenção”. E os alunos que chegavam com sapatos de outras cores que não fossem preto eram obrigadas a voltar para suas casas, mesmo que tivessem enfrentado chuva padrão amazônico, ônibus padrão Manaus, trânsito padrão metrópole.

Se pudesse haver uma piada sobre cúmulos da repressão escolar eu poderia fazer essa…. “Qual é o cúmulo da repressão escola? Proibir que o aluno use All Star porque o bico branco chama muita atenção”.

Ah! Educação Escolar… quanto precisamos avançar….

Adolescente quer mesmo chamar atenção. Quer se expressar. Quer mostrar que existe. Quer ver sua arte valorizada. Quer se sentir vivo.

Quando isso não acontece por bem, acontece por mal e a energia fica mal direcionada. Vira pixação, vira vandalismo, vira depressão. Para a Clara, virou um silêncio sem fim, ansiedade altíssima e uma sensação constante de baixa autoestima.

E no caso do All Star, venhamos e convenhamos, é básico demais aquele tênis.  Nem chamar atenção aquele tênis chama.

Uma amiga que o mundo virtual me trouxe me escreveu dia desses me contando sobre quando era criança e no caminho para a escola molhou o único tênis preto que tinha. Morava no orfanato e era impossível substituir o tênis por outro. Era o único tênis e ponto. Mas a escola não aceitou que ela entrasse com o sapato, nem com a sandália. Ficou uma semana sem ir à escola, perdeu aula, perdeu provas. Só porque não tinha o tênis preto. E ela terminou o e-mail dizendo que agora até entendia porque todo ano pede calçados de natal. Naquele final de ano ela pediu para o seu papai noel dois tênis pretos, assim não ficaria sem escola no ano seguinte.

Uma história dessas seria suficiente para criar uma revolução.

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Passa outubro.

E me chamam para conversar. “O que está acontecendo com a Clara? Ela está muito revoltada porque o professor de física foi mandado embora. Não pode ficar revoltada, é a escola que sabe o que é melhor ou pior”. Sem diálogos. Sem avisos prévios. Sem direito a questionamentos. Sem argumentações. A escola sabe e ponto.

Passa novembro. Passa dezembro.

Terminamos o ano. Clara passou em todas as disciplinas. Foi bem em todas as matérias. Saldo positivo de muitos dez no boletim e uma paixão pela sociologia e pela filosofias, esse sim um saldo positivo que fez valer o ano inteiro.

Saldo emocional. Zero. Autoestima péssima.

Pior que eu sei que essa é uma realidade comum a tantos e tantos adolescentes do Brasil. E eu poderia muito bem me contentar e dizer “as coisas são como são”. Dessa conclusão, seguir em frente com as vendas nos olhos.

Mas um ano escolar assim é realmente digno de ser repetido na vida da minha filha?

Eu quero isso para a vida dela?

Não. Eu não quero.

E não posso me fazer de cega diante de algo que me incomoda tanto.

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Há um estudo que diz que as crianças de 5 anos têm um grau elevadíssimo de genialidade, uma genialidade de quase 100%. Você entrega um simples clipes de papel para uma criança de 5 anos e ela é capaz de pensar em 1.000 coisas para fazer com ele. Entrega o mesmo clipes para uma criança de 10 anos, e ela não chega a pensar em 1.000 coisas, talvez em 500. Entrega para um adolescente de 15 anos, e não mais que 50 alternativas vão surgir. Entregue para um adulto e você está diante de um clipes de papel.

Nosso nível de genialidade diminuiu ao longo do tempo graças a toda a repressão que sofremos, limitações impostas, crenças negativas absorvidas. E os principais vilões dessa história são as escolas e as famílias. O processo de educar é um processo de repressão e diminuição da livre expressão. Definitivamente não é o que quero para minha filha.

O processo de educação é para ser um processo de libertação, de partilha, de crescimento. Um processo de emoções que integram, que fazem a autoestima crescer, que faz enxergar potencialidades únicas e singularidades. Muito diferente de silenciar, padronizar, reprimir.

Na mesma época eu estava terminando meu doutorado. Doutorado em Sustentabilidade na Universidade Federal do Amazonas. Um estudo silenciado entre as paredes das salas de aula e as árvores da universidade. Talvez as árvores saibam mais sobre meus estudos do que as próprias pessoas. Mais afastamento. Mais separação. Mais silêncios repressores. Mais burocracias.

O que vemos no sistema escolar do ensino médio, vemos nos sistema escola da universidade, dos mestrados, dos doutorados, vemos nas escolas infantis. A educação está em crise. Não estimula a criatividade. Não acompanhou o passar dos tempos.

Um show de horrores dos mais nobres, desses que merecem holofotes. Literalmente.

post03

O filho do meu marido tem 6 anos e se formou no pré-escolar. O mesmo pré-escolar que fizemos e completamos com 5 ou 6 anos. Ele aprendeu a ler e escrever. Aprendeu também a usar os números romanos, esses que ele deve ver na prática quando tiver seus 20 anos e se deparar com o título de um capítulo de livro de antigamente. Claro que merece todos os nossos elogios e aplausos por ter aprendido o que a escola ensinou. O estímulo é um dos bons modos que o adulto pode desenvolver. Mas daí fazer uma festa num salão nobre, tal qual formatura de encerramento de faculdade, com convidados de terno e gravata, buffet e lustres de cristal? Afetação social. Afetação da escola.

Não quero essa desconexão para a vida da minha filha. Não quero que os números romanos venham antes da brincadeira. Não quero que as notas dez venham antes que os amigos estejam em nossa casa. Não quero celebrar o aprendizado, que é parte natural da vida, com festas caras. Não quero que a vergonha de chamar atenção venha antes que ela se descubra única no mundo. Não quero que a padronização seja um imperativo silenciador de sua personalidade.

Quero que ela percorra estradas, veja caminhos, saia do quarto e pare um pouco de mexer no celular, voe de um lugar e pouse em outro. Quero que use o que sabe de melhor para se comunicar com pessoas que nunca viu na vida e nunca verá novamente. Quero que nesse movimento ela perceba que o mundo não é hostil, que as pessoas são mais generosas do que nos contam os livros de história e geografia, que o mundo é uma escola.

O mundo é uma escola muito menos repressora que a escola.

Meu projeto é o seguinte: vendi meu carro e comprei passagem de ida e volta para a Europa.

Eu poderia escolher qualquer destino. Todos os destinos são igualmente valiosos quando estamos dispostos a olhar o mundo como uma grande sala de aula, mas na Europa a Clara vai se sentir bem: há o urbano, há as conexões, há pessoas de todo o mundo, há muitas línguas. O mesmo espírito humano e lições valiosas que encontraremos na Europa, encontraríamos em qualquer lugar do mundo. Mas é preciso escolher um, e eu escolhi lá.

Vamos passar cinco meses viajando, indo de país em país, de cidade em cidade, tempo esse que é adaptável, podemos inclusive retornar antes. Vamos nos hospedar em hotéis, em pousadas, em hostels, em casas de família.

Farei isso, todo o tempo, trabalhando. Eu e meu computador, eu e a internet, eu e meu empreendedorismo digital, eu e meus leitores fiéis.

E a Clara vai desbravar a Europa aprendendo a sociologia que ama, a filosofia que ama, aprendendo as pessoas, aprendendo as culturas, aprendendo outros ritmos, aprendendo outras arquiteturas, aprendendo outros modos de vida.

Se vai ser fácil? Não, não vai ser fácil. Ficarei fora de casa meses, e mesmo amando viajar, eu amo estar em casa com as minhas coisas. Ficarei longe do meu marido por meses, mesmo sabendo que ele vai encontrar comigo na Europa por um período, ainda sentiremos saudades um do outro. Ficaremos constantemente em logística, e isso uma hora cansa bastante. Também terei que fazer um controle razoável das minhas finanças, para que nada fuja do controle. Mas vai ser incrível.

O mundo será, literalmente, uma escola.

O mundo será um outro mundo para a Clara.

E eu sentirei, plenamente, que fiz a minha parte. Que cumpri meu papel de mãe. Que fiz a diferença na vida da minha filha. Que entreguei a ela poderosas lições. Que deixei algum recado sobre a educação das escolas.

Amo o aprender. Amo o ensinar. E sei que dessa forma poderei plenamente celebrar as várias formas de aprender e ensinar que essa vida pode nos oferecer.

Hoje inauguro aqui com você o projeto #1ano365oportunidades. Esse não é um projeto só sobre os aprendizados da Europa, é um projeto sobre os aprendizados de um ano inteiro bem vivido, desperto. E eu lhe convido a fazer parte. A fazer também seu ano se realizar com 365 oportunidades de transformação, de crescimento, de aprendizado, de ensinamento.

2015 não será um ano qualquer. Não será para nenhum de nós, desde que estejamos determinados a viver o ano com esse espírito.

Vou publicar cada uma das 365 oportunidades pelo meu instagram @paula_quintao e pela fanpage da Equipar. Farei aqui no blog posts semanais com o resumo da ópera.

Há muita música nessa dança. Há muita dança nessa vida.

#1ano365oportunidades. O ANO EM QUE TIREI MINHA FILHA DA ESCOLA.

Paula Quintão. 2015

 

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69 Comments

  1. Nahdyj Suyan Rocha

    Que linda Paulinha essa reflexao! Vo e têm me ajudado inclusive a enxergar minhas crias com outros olhos e isso tem feito uma diferença tremenda. Obrigada por compartilhar suas experiencias pessoais… Nos ajuda muito mais do que textos técnicos e engessados. Espero que esse texto ganhe o mundo. Bjs e que Deus proteja sua viagem.

    1. Paula Quintão

      Há tantas mães que hoje lutam por um parto humanizado, queria ter vivido também essa experiência com a minha filha se na época eu tivesse essa visão humanizada. Hoje sei que posso fazer pela educação dela e isso está ao meu alcance. O que está ao nosso alcance merece mesmo a atenção. Obrigada pela presença partilhadora, David!

  2. Manuel

    Como profissional no ensino público português, verifico que nas nossas
    escolas, com problemas é certo, problemas que cresceram nos últimos anos
    devido a politicas erradas que nos levaram à crise atual, em que o
    principal corte do estado nos últimos tempos tem sido na educação e nos
    professores. Vejo no entanto que o nosso ensino público, apesar de tudo
    tem qualidade, com bons profissionais e boas escolas, claro com
    excepções, escolas menos boas, problemas de disciplina e sociais… Mas
    temos um ensino de liberdade, que aceita as opções do jovens, nada
    desses espartilhos de que fala, certamente de escolas privadas. Cá
    também as temos, são poucas, são para algumas elites de carteira cheia.
    Mas muito boa gente não abdica, e bem, de colocar os seus rebentos na
    escola pública, a vivência é muuiito mais rica, as crianças/jovens não
    vão crescer num guetto, pensar que toda a gente vive em mansão e tem
    motorista…
    Espero que passem por Portugal, é lindo, tanto local e
    monumentos, não fiquem apenas pela capital, tem tanto de história,
    cultura, gastronomia etc. para ver e aprender. Sabemos receber e apesar
    de andarmos tristes, gostamos de apreciar o que a vida nos dá. Boas viagens e certamente ambas vão aprender imenso.

    1. Paula Quintão

      Manuel, eu conheci algumas iniciativas muito boas de escolas públicas no Brasil que estão diferenciando seus estudos para algo mais libertador. Ainda são primeiros passos, mas existe o movimento e isso é muito positivo. Temos que saudar essas iniciativas, como você diz! Sempre podemos fazer melhor e acreditar na mudança é o que faz a mudança acontecer!! Show de participação.

  3. julionegri

    Excelente projeto Paula! Uma atitude positiva para 2015. Quem tem filhos esta farto de saber que o modelo escolar de hoje não passa de um lugar de tédio e aborrecimento;
    Um ambiente pouco estimulante à genialidade que existe em cada
    estudante. Salvo algumas exceções, não permitimos aos jovens manifestar
    sua identidade, não ensinamos programação, economia doméstica,
    investimentos, como lidar com o mundo digital, filosofia, xadrez,
    meditação ou sexo. Encarceramos nossos jovens em escolas que pouco
    ensinam e só corroboram para esta antissociabilidade psicossomática
    grave e a superficialidade do poder digital em suas vidas

    1. Paula Quintão

      Por um mundo regado a criatividade, conhecimento e aprendizado, Julio, que extrapolem a carteira escolar e o método do tédio e aborrecimento. Podemos fazer muito e só de estarmos vibrando juntos já é fazer a diferença!

  4. Marlo Rivera

    Estou impressionado…. e muito feliz por não ser o único a pensar assim.. sempre me questionei o porque de “estudar” a fundo coisas que para mim eram extremamente irrelevantes…

    Sempre me questionei o porque de não ensinarem sobre planejamento financeiro na escola (sofri muito com isso na fase adulta)..

    Enfim já conversei com minha esposa e a partir desse ano minha filha de 7 anos terá “salário” iremos começar com R$ 100,00 e desse valor irá doar 10% na igreja e com o restante administrará seu lanches e outras coisas…

    Bom já estou anotando a dica para utilizar quando ele terminar o ensino médio…

    Sucesso e estamos acompanhando…

    1. Paula Quintão

      Há uma revolução que podemos fazer, Marlo, ela já começou com pessoas como você e com todas que comentaram aqui. Sei que podemos fazer algo transformador de pouco em pouco, de ação em ação. Vamos nos acompanhando!

  5. Mayanne Bader

    To encantada com seu projeto! A vontade que tenho é de dizer: me leva, também quero aprender! Hahaha. Uma excelente jornada pra vc e Clara. Espero que se divirtam juntas aprendendo, ensinando, vivenciando cada dia único. Tenho certeza que não só ela vai aprender mais e melhor, como o relacionamento de vcs será outro, mais próximo, mais amigo, mais amoroso… mais ainda do que já é. Beijo.

  6. Claudio Makoto Miyata

    Aplausos!!! Aplausos!!! Aplausos!!!

    Aplausos pelo texto maravilhoso!!!
    Como sua habilidade com as palavras traz fascínio e inspiração!!!
    Como seus sentimentos e sensações são transmitidos magicamente por esses nossos símbolos de escrita e leitura!!!
    Como frases e parágrafos expressam sua essência com tanta precisão!!!
    Aplausos!!!

    Aplausos pela clareza em suas ideias e propósitos!!!
    Como suas satisfações e insatisfações estão concatenadas com sua linha-mestra, seu fio condutor que tem norteado sua vida!!!
    Como é claro o caminho que tuas escolhas te conduzem!!!
    Como é simples, mesmo que difícil, o seu processo de escolha, de decisão, pois estão intimamente conectados seus conceitos de Missão, Visão e Valores!!!
    Aplausos!!!

    Aplausos para a sua incrível coragem e desapego!!!
    Como sua vontade de mover-se supera o caminho da maioria, desde suas primeiras escolhas, que generosamente compartilhou conosco!!!
    Como a sua busca por integridade e aprimoramento te abastecem de energia e força para transpor seus próprios limites, contagiando os que escolheram te acompanhar em sua jornada única e mágica!!!
    Como seus passos sempre indicam caminhos inusitados e possíveis, mostrando que dá, sim, para viver segundo princípios pouco convencionais!!!
    Aplausos!!!

    E o meu mais sincero respeito e a minha mais verdadeira admiração!!! 😉

    1. Paula Quintão

      Claudio, desapego dói, porque é sempre ume exercício de largar mão. Mas desapego faz crescer imensamente, sei disso por todos os outros que vivi.
      Para a Clara eu vejo luz no caminho, uma transformação incrível de dentro para fora e de fora para dentro que nem precisa ser guiada…. vai acontecer porque tudo vai fluir.
      Para o meu trabalho, veja uma oportunidade de partilha imensa, dessas que nos fazem sentir que a alma está no caminho.
      Para o meu casamento, vejo um desafio e uma fonte de união tremenda, seremos dois e um em lugares diferentes, nos conectando pelo amor profundo.
      E para nós, que nos acompanhamos numa jornada de construção de um negócio de propósito, vejo com clareza o quanto a busca por entregar valor a vida das pessoas gera em nossas vidas ainda mais valor e conexão.
      Vamos em frente nos concentrando no plantio!
      Sempre maravilhoso partilhar histórias e vivências com você, Claudio.

  7. Isis Lima

    Paula, que atitude de amor! Eu te admiro cada dia mais e essa experiência será incrível, você é incrível. Todas as boas energias direcionada para vocês, nessa etapa de muito aprendizado.
    Beijãoooo 😉

  8. Cristhian Play

    Fiquei impressionado com o amor que você tem pela sua filha Paula!

    Extremamente louvável a sua atitude…. tenho certeza que este período será inesquecível para todos vocês… e muito produtivo também!

    Fácil, não será… mas com certeza vai valer a pena!

    Deixo de presente para você este trecho da música “Gentileza”, de Marisa Monte:

    “O mundo é uma escola
    A vida é um circo
    Amor palavra que liberta
    Já dizia um profeta”

    Desejo tudo de bom para você e sua filha nesta jornada de iluminação!

  9. Andrea

    Paula, tenho certeza que esse será o início de uma grande mudança na Clara.
    Tenho um filho que está com 19 anos e quando tinha 16 anos eu quis muito que ele fizesse um intercâmbio pequenininho para o Canadá. Foi uma transformação…acho que ele descobriu que o mundo é muito maior que esse mundinho que o cercava de escola/casa/celular e jogos de videogame. Foi um start incrível que mudou toda a trajetória escolar dele e despertou aquela vontade de conhecer muito mais. Hoje ele está se preparando para um ano fora através de um programa pela universidade que está estudando.
    Quis repetir com a minha filha de 16 (Letícia), mas ela não teve a mesma segurança de viajar sozinha e ficar na casa de uma “nova família”. Já viajamos juntas e vi os seus olhos brilharem com tanta história que encontramos. Eu amo estudar a história dos lugares que conheço e isso ela me acompanhou. Essa experiência de vida é indescritível. Nenhuma educação formal vai superar! A escola é vista como uma obrigação e nunca como uma fonte de conhecimento. Infelizmente as mudanças terão que ser profundas, mas enquanto isso vamos tentando abrir os olhos desses jovens para a imensidão de novos conhecimentos que podemos ter.
    Ahh, vou pedir para a Letícia acompanhar também a aventura de vocês! Vai ser uma inspiração! Beijos

    1. Paula Quintão

      Querida Andrea, hoje estamos aqui a quase um mês de viagem e já vivemos tantos enfrentamentos que só vejo o mundo da Clara crescer. É lindo o que você partilhou aqui, muito lindo seu comentário e muito especial sua partilha de como foi com seu filho. Vamos nos acompanhando!

  10. Roberto Lima

    Perfeito! Mesmo não estando com problemas na escola de nossa filha, temos o mesmo projeto e o mesmo destino: um ano na Europa. (não neste, talvez em um ou dois anos) Ela vai aprender muito mais do que mantendo a regularidade da escola. Há um livro “Revolucionando o Aprendizado” que vale a leitura. Vemos nele que há muito de novo na educação mundo afora. E muito que deve ser trazido para as nossas escolas tão tradicionais, tão limitadoras. E há um certo pudor ao afalarmos em melhorias. Nossos professores, e isto não e uma crítica, foram formados neste método ultrapassado. Eles, na maioria das vezes, não tem a capacidade da diversidade de expressões. Eles precisam de reciclagem, de reaprender com os jovens que a vida não é uma caixinha. Enfim, temos muito a fazer e um ano na Europa (ou Ásia, ou Oceania…) deveria fazer parte da vida escolar de todas as crianças; Se não por elas mesmas, por um mundo muito melhor.

    1. Paula Quintão

      Roberto! Vou já atrás desse livro, muito obrigada pela indicação e muito obrigada pelas palavras. Elas são força não só para mim, mas para tantos outros pais que estão vendo seus filhos sendo cada vez mais reprimidos pelo sistema escolar. Grande abraço!

  11. Valentina Barreto

    Fabuloso!!! Estou em Barcelona e se vocês estão a fim de tomar um cafe e conhecer os meus filhotes otimo! qué coisa mais original, vai ser uma experiência para a Clara, e vai marcar um antes e um depois, acho que os Brasileiros precisam muito uma dose de “Europa” para entender que fora do shopping tem vida! parabens!

    1. Paula Quintão

      Valentina, estamos imersas numa bela experiência. Já faz quase um mês que chegamos e parece que já tem um ano inteiro de tanta experiência que já vivemos. Riquezas para a alma. Muitos beijos e obrigada pelo comentário tão querido aqui!

  12. Clauspitz

    Lindo texto, lindo projeto. Vocês não irão se arrepender. Aqui em casa tenho um de 19, um de 15 e uma sobrinha de 11…o desejo de conhecer o mundo é ,talvez, a melhor herança que deixaremos para eles. Amo quando chegam em casa e dizem; hoje no livro ou na aula estudamos sobre a 2a guerra e eu contei ao professor sobre a praia da Normandia”…. Aos 16 p mais velho passou 4 meses no Canadá, ano passaso 1 mês na França, Viajamos quando dá. E quando as escolas me pergunt; ” mas eles vão perder aula?”
    Eu respondo: Não, eles vão aprender o que jamais aprenderiam sentdos aqui.E assim vamos. No próximo ano estamos nos organizando para mudarmos para a França.
    Vamos acompanhar seu projeto com muito carinho

  13. André Gusmão

    Ótima decisão. Esse ano, minha filha que tem 4 anos, inicia sua vida escolar, no Jardim I.
    Mas já estou planejando como será seu aprendizado, do qual farei parte todos os dias. Não quero que ela se prenda a padrões rígidos e nem à mecanização do aprendizado regular. Quero levá-la a mais parques, mais viagens, mais mundo. E disso ela não pode reclamar: com 4 anos de idade já embarcou 8 vezes em aviões, sendo duas viagens internacionais, fora as viagens de carro. É muito mais do que eu viajei até os meus 30 anos e olha que hoje já tenho 42. Enfim, quero que ela jamais perca a vontade de conhecer o mundo, de fazer diferente e de fazer a diferença. A vida é para ser vivida, muito mais na prática do que na teoria.

    1. Paula Quintão

      Oi, André! Por aqui estamos há quase um mês e já parece fazer um ano. O tempo se tornou outro e as experiências só nos enchem os olhos. Estamos extasiadas de tanta coisa nova, muito felizes com tudo, até o que dá errado. E a receptividade da Clara só me faz sentir que nossos filhos precisam ir muito além dos muros das escolas. Um grande abraço e obrigada pelo comentário carinhoso!

  14. Olivia Furtado

    Achei incrível! Concordo totalmente com sua visão sobre ensino nas escolas. Não tenho filhos, mas quero ter, e por isso me preocupo com o rumo da educação escolar em nosso país. Iniciativa espetacular e inspiradora.

    1. Paula Quintão

      Olívia, que lindo ver seu comentário. A educação é para nos promover como seres humanos, a nos fazer olhar o conhecimento como uma bela e mágica experiência. E eu sinto uma grande frustração quando vejo o que as escolas estão fazendo com nossas crianças, com nossos adolescentes. Limitando ao invés de ampliar seus mundos. Sei que podemos fazer muito dentro de nossas próprias casas e por aqui, há quase um mês de viagem, tudo o que fazemos é nos encantar com o que nos acontece. Muitos beijos e vamos nos acompanhando.

  15. Henrique M Michels

    Paula… me adota? rsrsrsrs Acabei de sair do ensino médio e posso dizer que a cada dia de aula que eu tinha, me perguntava o por que de estudar conteúdos tão genéricos e irrelevantes. Por mais que algumas escolas façam alterações no ensino (como a minha escola, que chegou até a aumentar a carga horária anual),ainda estamos muito longe de uma educação considerada satisfatória. Minha família está quase me esgoelando pra fazer faculdade, rs mas este ano decidi que me auto reservaria essas “365 oportunidades”. 😀 Bela atitude a sua Paulinha, parabéns!

    1. Paula Quintão

      hahahaha =)) desde que eu li esse seu comentário eu amei, Henrique! Ri alto do seu senso de humor e depois me arrepiei com seu relato. Sim, a libertação deve vir pelo conhecimento e conhecimento não está só nas salas de aula. O conhecimento está em toda parte. Siga se abastecendo bastante, colocando em prática tudo o que você aprende, e sua família compreenderá, nem que seja no futuro, que você fez o melhor para você e para sua vida. Um grande abraço!!

      1. Henrique M Michels

        Coom certeza Paulinha! Deus te ouça! :DD Aaaah santa prática, essa é a parte importante, e também a mais difícil. hehe Mas vamos nessa que a gente consegue. Abração

  16. Kassia Fernandes

    Paula parabéns pela atitude e pelo trabalho que está desenvolvendo! Como mãe de um jovem também tenho muita história para contar! Bullying!? Repreensão, discriminação com as diferenças… Isso deixa marcas. Graças a pessoas evoluidas como você, conseguiu tomar uma atitude que de tão superior, tira a força daquela que a escola produziu. Enquanto a educação nas escolas não se transformar, somos nós pais e mães que precisamos conduzir e apontar caminhos saudáveis, ficarmos espertos e alertas. No caso do meu filho, ahh! É grande a história, quem sabe um dia escrevo um artigo no meu blog contando na pessoa maravilhosa que ele se tornou mesmo diante das adversidades! Abraços e sucesso com seu projeto, com sua família! Gratidão por compartilhar!

    1. Paula Quintão

      Cassia, imagino que se você for contar todas as histórias, dá um livro inteiro!! E claro, essas forças para nos repreender geram muitas marcas, geram traumas, gera em nós a percepção de que esse não é um mundo de amor, quando na verdade é. O amor nas relações pode curar tudo e o melhor a fazer pelos nossos filhos é ficar ao lado deles, apoiando e oferecendo a estrutura para que sejam eles mesmos, cheios de amor, responsabilidade, consciência. Muitos beijos, com carinho, Paula.

  17. carmen nobre

    lembro dessa historia do band-aid cor da pele, uns amigos combinando de colocar band-aid no nariz em forma de protesto pela clara ahahah sempre admirei muito suas decisões e continuo admirando, espero acompanhar voces nessa jornada!! um beijo bem grande.

  18. Bruno Campos

    Estou realmente impressionado pela iniciativa. Difícil encontrar alguém que não apenas pensa fora da caixa, mas também tem a coragem de tomar uma atitude como essa, que vai contra os costumes da nossa sociedade. Parabéns Paula! Tenho certeza que essa viagem será uma grande experiência para vocês, principalmente para a sua filha. Que grande ideia para ajudá-la a se redescobrir. Ela com certeza vai te agradecer no futuro por ter tomado essa iniciativa.
    Estou torcendo pela felicidade de vocês. =)

    1. Paula Quintão

      Bruno, querido, e não é que mais difícil do que pensar fora da caixa, é parar de enxergar a caixa? O mundo é todo nosso e não há barreiras para vivermos plenamente essa existência, difícil é fazer nosso interior entender isso =)) Por aqui estamos a quase um mês de viagem e tudo o que fazemos é aprender, aprender, aprender. Aprender de tudo um pouco, até como se aperta um botão para sair do estacionamento. Um grande abraço e obrigada pela companhia.

  19. Míriam Rdt

    Fantástico Paula! Que experiência maravilhosa! Todos sairão melhores desta experiência, esta é uma certeza, não tem como ser diferente. Pelos comentários percebemos claramente que muitos vivenciam esta angústia de ver os filhos sendo procriados dentro de uma educação engessada e pouco funcional. O momento que você e Clara vivenciam serve de estimulo para seus leitores, pois não são poucos os que tem a vontade de dar esta guinada de conhecimento transpondo os arcaicos muros escolares. Muitas, muitas e muitas felicidades para você e para Clarinha. Beijos do meu coração!

    1. Paula Quintão

      Míriam, que maravilha ter seu comentário aqui. Que para todos nós a experiência deixe alguma luz e alguma partilha de conhecimento, de iniciativa e de possibilidades. Estamos todos a colaborar uns com os outros! Receba um grande abraço!

  20. Silvio Mario Rodrigues

    Parabéns Paula por ser uma mãe presente. Parabéns porque Você soube tirar de tudo isso motivação para uma mudança que, sem dúvida, será maravilhosa e transformadora. Você realmente assumiu as rédeas de seu cavalo, Você traça o seu caminho. Parabéns e Felicidades.

    1. Paula Quintão

      Silvio, obrigada pelo comentário tão cheio de energia, por aqui estamos a quase um mês de viagem e tudo o que fazemos é aprender imensamente a lidar com nós mesmas, com nossas limitações, inseguranças, dificuldades, e com a incrível capacidade que o mundo tem de nos ensinar pelas suas belezas e riquezas. Um grande abraço!

  21. Suélen Almeida Garcia

    Paula, obrigada por este relato maravilhoso que li. Quanto aprendizado em um texto que levei 5 minutos para ler, te confesso que é tão bom que já li mais de uma vez. Ontem vim da reunião da escola do meu filho, e com uma tremenda decepção, depois de escutar a professora de matemática dizer que não deixa os alunos levarem seus livros para casa, para que os pais não se entrometam adiantando as matérias do livro e ensinando de forma errada, que ela garantia a aprendizagem deles. Chocada eu perguntei: O que eu faço quando meu filho me pedir ajuda no tema? O que eu faço com os conselhos da escola cobrando a participação dos pais no processo de aprendizagem? Fico calada? Me nego a participar da vida escolar do meu filho? A supervisora pedagógica desvia o assunto e a professora me coloca o currículo dela de 25 anos de ensino de matemática e me diz que o meu filho não levará dúvidas para casa. Resta para meu filho decorar a tabuada e não aprende-la. Que lástima, como eles podam nossos filhos. É tanto investimento, em todos os sentidos, me viro em mil para pagar uma escola achando que meu filho terá mais oportunidades, acreditando que em uma escola particular eles vão levar em consideração a ética, a socialização, vão explorar a criatividade, mas eles estão mais preocupados se a criança sabe rezar. Como resultado, temos filhos frustrados e sem prazer em aprender. Que bom que vc abriu os olhos e esta ajudando muitos pais a abrirem os seus. Muita sorte, muita aprendizagem, muita felicidade nesta jornada na escola da vida. Não podemos marcar hora e dia para aprender, a aprendizagem é um processo sem fim, e a prática é a melhor metodologia. Viajar é aprender, aprender é viajar. Estarei acompanhando teus relatos. Grande abraço.

    1. Paula Quintão

      Cheguei a me arrepiar com seu comentário, Suelén, deu vontade de ir aí te abraçar dizendo “te entendo”. Meu deus, que lance foi esse da professora colocar o currículo em cima da mesa?! É a expressão máxima do quanto a nossa cultura escolar super valoriza o professor e as burocracias como deuses do processo, quando na verdade é o conhecimento. Sem dúvida não se constrói aprendizado. Vamos cuidar de nossos filhos, buscando guarnição para eles, nos mantendo despertos e também esperançosos de que pode haver um modo melhor de educação para eles.

  22. jandira leite titonel

    Li e reli seus escritos!! Amei.Realmente não há faculdade ou doutorado algum que te transmita esse conhecimento adquirido nessas vivências e consiga te ajudar a dar a guinada necessária para uma vida melhor!Obrigada.Bjs estalantes!!

    1. Paula Quintão

      Jandira, a vida é a grande faculdade, o grande doutorado. Todas as experiências que acontecem ao nosso redor são carregadas de riqueza, só que fomos condicionados a acreditar que existe um lugar formal para aprender, que é a escola. Somos grandes aprendizes e a cada dia carregamos uma lição, é só questão de regular o olhar e perceber. Obrigada pelo carinho, muitos beijos estalantes!!

  23. Juliana Lobo

    Acabei de assistir a sua palestra pelo CONAMAE e fiquei maravilhada. Moro na Holanda, em um vilarejo no interior e tenho um bebê de 9 meses. Quero muito alcançar um lugar entre a maternidade e o profissional. Um local que caiba a Juliana como mãe.
    Se você e a Clara tiverem planos de virem até a Holanda, tem o meu convite para conhecerem a parte pequena, interiorana desse belo país. Beijo grande!

  24. maripeee

    Paula, acabei de ver a sua segunda aula (para mim a primeira) no Viajantes Aprendizes. Caí neste texto em seguida, pois o título me chamou muito a atenção. Não sou Mãe, mas sou uma tia daquelas bem corujas que nota cada avanço e crescimento nos sobrinhos, e fiquei encantada com o seu depoimento e todo o seu projeto. Vejo tanto padrão na vida das crianças, quisera eu quanto adolescente ter feito algo parecido — e até hoje reclamo com minha mãe que nunca fiz o intercâmbio que minhas colegas fizeram ao estudar inglês fora. A experiência dela será incrível, e a sua também.
    Quanto à aula no Viajantes, que lição. E que aflição também. Me senti presa e com medo de ir atrás das minhas vontades. Tenho o péssimo hábito de achar que sempre tudo vai dar errado. Ou que eu não sou merecedora do que almejo. Suas palavras acalmaram minha alma – nem que o plano não se concretize agora, me dá vontade para iniciá-lo.
    Obrigada, desde já.
    Um beijo,
    Maripê.

    1. Paula Quintão

      Querida, vai dar tudo certo =)) confia e segue sua intuição, cria um plano para ir ao mundo como você tanto deseja, busca ajuda de quem estiver por perto. O mundo é nossa casa, não precisamos ter tanto medo assim. E você é mais do que merecedora de tudo o que quiser. Somos seres muito merecedores. Estou aqui para o que precisar! Com carinho, Paula.

  25. Paulo Henrique

    Paula parabéns! Quero compartilhar contigo que vivi com Meu filho algo imensamente semelhante, tive a vontade de fazer exatamente a mesma coisa, não pude fazer na época, fiz parecido, o colocamos em um escola de bairro “fácil”, não foi uma boa experiência. No ano seguinte o colocamos em uma escola de “nível” e confiando em Deus esperei o termino do ensino médio. Então o que fiz? O trouxe para perto de mim logo após ter entrado na universidade. Ele hoje trabalha comigo, estamos juntos 24 horas. Sou arquiteto e ele agora faz engenharia. A cada dia ele descobre a verdade do experimento humano, de ser pessoa, de se sentir vivo, de interagir. Meu filho hoje sorri, é feliz, não sente mais pressionado pela “ditadura da inclusão”, como você citou tão bem. Ele hoje chama atenção pela serenidade, doçura e constância. Parabéns e vá em frente aproveitando cada momento, cada dia com sua filha, estes momentos são preciosos e para sempre estarão marcados na vida de vocês!

    1. Paula Quintão

      Paulo, é lindo o que você fez. O que estou aprendendo nessa jornada é que não há fórmulas para todos seguirem, há o que sentimos sobre a nossa própria situação. Assim podemos criar soluções que precisamos. Acredito no amor e acredito em criar situações que nossos filhos se sintam amados, valorizados, responsáveis pelo que fazem. E o que você está fazendo traz essa oportunidade ao seu filho. Lindo!! Grande abraço, com carinho, Paula.

  26. Carla Cecilia

    Olá Paula, tenho 29 anos e um filho de 6 anos. O Dante, sempre teve um bom rendimento escolar até 2015 chegar e trazer com ele o 1º ano. Não demorou muito e os primeiros bilhetes chegaram avisando que ele estava com dificuldades para aprender.

    Justo meu filho, que é mais criativo do que 30 adultos juntos, que consegue fazer qualquer modelo de carrinho com lego. Eu como mãe de primeira viagem, fiquei apavorada! Será que meu filho sofre de alguma dessas siglas gigantescas tipo TDAH? Depois de um primeiro semestre cansativo e de uma criança que sofre diariamente com o momento de ir a escola, além de muito choro durante lições de casa, decidi para mim que não importa se ele não decorar o alfabeto ou aprender a ler esse ano. A escola sugeriu N coisas, a principal delas foi que ele estudasse nas férias… WTF?? Sinto muito! Meu filho foi criança nas férias e brincou muito!!! Ele só tem 6 anos, e o mundo já pesa nas costas dele! Por favor! Vai ser complicado mudar de escola no meio do ano, ele vai continuar na que está. Ano que vem, vamos numa nova empreitada com uma escola que saiba que cada criança tem seu tempo.

    Maior desabafo! Precisei, a hora que li seu texto não me senti mais sozinha…

    Um beijo!

  27. Gisele Kessia Gelschleiter

    Oi Paula, eu venho pensando a algum tempo tirar minhas filhas gêmeas da escola, mas esse ano por conta da crise em nosso país, é provável que em Junho façamos isso…queremos nos livrar dos compromissos com prestação de carro, casa e etc e levar uma vida mais livre.

    A princípio o objetivo seria rodar o Brasil e a América do Sul de carro, mas ainda estou organizando as ideias…Eu e meu marido estamos sem renda, não queremos voltar pro mercado convencional e fizemos um investimento que não deu muito certo, então queremos usar nossas habilidades trabalhando por onde passarmos em troca de um lugar para tomar banho e lavar nossa roupa rsrsrsrs. A princípio as meninas não queriam, mas recentemente uma delas disse mãe eu topo e a a outra disse sim ao projeto essa semana. Vamos colocar a casa a venda e iremos usar os recursos que sobrarem para manter o básico nesse período, ler um relato como o seu nos enche de esperança. Obrigada pela generosidade em compartilhar.

  28. Lu Lopez

    Boa tarde Paula, estou indo pra Europa com meu filho em outubro, sem data para voltar. Achei incrível achar uma pessoa que já está fazendo isso, e com uma adolescente. Meu filho tem 14 anos. A dúvida que eu tenho é bem prática, mas não achei resposta na internet e a Secretaria de Educação não responde. Tenho que tirar ele da escola, e como ele é muito apegado aos meus pais, quero que ele fique com eles algum tempo antes de viajar, que ele visite o primo em Porto Alegre (somos de São Paulo), enfim, 6 meses parece muito, mas não é! Quero saber se ele pode ficar esses meses sem ir a escola, ou quanto tempo ele pode ficar sem frequentar a escola. Você saberia me dizer? Obrigada por compartilhar a sua experiência!! Boa viagem!!

  29. Fernanda Santos

    Oi Paula, texto lindo! Eu passei por uma crise com meu filho quando tinha 11 anos, por causa de escola nova, a qual ele quis ir pois era uma escolha unanime entre seus colegas e respectivos pais, resultado, bullyng, excesso de alunos para pouca estrutura, total falta de atencao por parte da administracao, e meu filho com ansiedade e depressao, e no ano seguinte bloqueou, nao conseguiu voltar pra escola. Depois de insistir para voltar, fazer o papel firme de mae, tive que aceitar que ficar seguro em casa seria melhor. Tirou um ano sabatico, e no ano seguinte foi para outra escola, com menos fama, mas tambem menor, menos alunos e muito mais atencao, o que gerou mais seguranca e crescimento, hoje ele vai bem. Ser mae tambem tem dessas de contrariar o status quo. P.s, perdoe os erros de digitacao, meu teclado ta desconfigurado ! bjo

    1. Paula Quintão

      Fernanda, vamos sentindo os caminhos e buscando as ajudas necessárias para conseguir encontrar força e equilíbrio para nossas decisões. Importante é que estejam se sentindo bem e vivos, cheios de energia. O indício de que estão se esvaziando de energia é um bom sinal para ligarmos nosso alerta ou para entendermos que eles estão bem onde estão.

  30. Carolina Luize Coach

    Lindo! inspirador demais seu texto, suas palavras. Sua dor é a minha dor com uma filha de 14 anos findando o ensino fundamental agora, e eu como mãe há anos com aquela velha questão: qual será a próxima escola? Pq cada uma teve um dom diferente de deixar marcas profundamente negativas… Vou postar seu texto num grupo que criei sobre a Educação transformadora que ainda “vislumbro” pra essa geração…. Bom, fico com a sua inspiradora história de leva-la para aprender na escola da vida em outros países… Gratidão!!!

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