A voz interna da sabedoria não dá comandos. A voz que sabe não altera seu tom. Há muitas vozes dentro de nós, umas mais nobres que as outras. A voz da essência verdadeira sussurra. Ela é a que sabe. E se ela sabe, não precisa nem pretende argumentar. A voz que argumenta é a voz mental, essa que elenca os prós e os contras. A voz mental está à serviço da que sabe, nunca o contrário. A voz que sabe está mais para a condução e guiança, e usa da intuição para confirmar sua lógica. Quanto mais conectados estamos, mais a voz que sabe pode ser ouvida. Para tomar decisões é na voz que sabe que precisamos confiar. O medo e a dúvida nos desconectam, além de não serem bons companheiros ainda atrapalham na escuta da que sabe. Em conexão, escuto. Em escuta, sigo.
Por Paula Quintão, De Londres, jan.2020.