Momento diva pra te lembrar do seguinte, meus caros e minhas caras, quando você está em dúvida sobre qual preço cobrar pelo seu serviço ou produto, qualquer que seja seu negócio, e coloca como variável “deixar o preço mais acessível para o outro” como uma determinante, você está desequilibrando a balança entre você e seu cliente.
Primeiro porque você está sendo desonesto com você mesmo, diminuindo o valor do seu conhecimento e bagagem. Segundo está diminuindo o outro, supondo que ele não tem condições de pagar e você – essa alma elevada – precisa ser caridosa (o) com ele. Muito provavelmente esse cliente não vai ficar realmente abastecido, saiba disso.
São anos observando esse efeito no mercado e o resultado geralmente é ruim. Usar o critério “facilitar o acesso” ao estabelecer o preço é uma péssima solução. Sugestão: lembre-se que seu conteúdo gratuito é uma forma de dar acesso, que você pode ter produtos e serviços de diferentes preços com objetivos diferentes, que ao minimizar o preço para que o outro consiga comprar, você está igualmente minimizando o valor do outro e sua capacidade de gerar riqueza.
Portanto encontre alternativas mais sustentáveis para dar acesso se realmente for essa sua questão. Mas o que vejo é na verdade um produtor com dificuldade de vender seu peixe que acaba usando o preço como uma forma de se sentir menos incomodado por estar vendendo algo.
Não use o outro como validador do seu valor pessoal e profissional, não repasse essa responsabilidade. Depois que estiver ok, totalmente ok em vender e valorizar seus produtos e serviços, aí sim está pronto para criar valores de acesso diferenciados ou mesmo permutas. Antes disso exercite a ancoragem no valor pessoal e dos seus serviços. Até!
Paula Quintão
01 de março de 2019