DA PRIMEIRA EUCARISTIA AOS MANTRAS HARE KRISHNA ATÉ O CHÁ DA UNIÃO DO VEGETAL

Já fui dançar e cantar os mantras no Hare Krishna, fui beber o chá da União do Vegetal, assisti missas e mais missas da igreja católica onde fui batizada e crismada, recebi lindos passes no espiritismo, li e reli a bíblia nos cultos evangélicos, dancei ao som dos tambores na umbanda celebrando a vida, tenho um terço na mesa de cabeceira e uma oração para Maria que leio todas as manhãs ao entrar no meu carro, sentei na mesa de uma reunião do divinismo.

E mesmo não sendo religião me senti profundamente conectada diante de tudo o que estudei do budismo, da mística rosa cruz, das teorias de viver de luz e me rendendo aos caminhos que me levaram às montanhas.

Amo as manifestações religiosas e o que cada uma tem a oferecer de bom. E acredito que o melhor que tenha a fazer é viver uma abertura plena, sem preconceitos, a tudo o que a humanidade criou com a melhor das intenções buscando sua conexão com a divindade.

 

Meu caminho é um caminho de busca e encontros. Vivi também momentos de intensa falta de fé e de grande desconexão.

E hoje entendo que a religião nada mais é que uma materialização do que há dentro de nós numa tentativa de explicar nossa conexão com o divino.  Essa conexão eu encontrei em todos esses lugares em alguma medida, mas só me acalmei e me senti completa quando compreendi que não interessa se estou diante de um altar Hare Krishna ou numa sessão de umbanda, interessa que eu esteja imersa nas profundezas do divino que há em mim.

A tentativa de enxergar o divino fora de nós é uma tentativa frustrada porque a conexão é feita a partir do nosso interior. Não há um só espaço de reunião de todas as verdades, o que ha são formas de encontrar a verdade dentro de você, enxergara a sua essência e então entender que o divino faz parte de sua composição.

Respeitar todas as manifestações e encontrar beleza em cada uma delas é o maior sinal de que estamos diante de uma paz e um equilíbrio com o divino. Não sentimos que nada pode corromper, ir contra, destruir, desestabilizar, desconectar ou agredir nossa fé e nossa relação com o que há de mais essencial no universo e dentro de nós.

“O divino vive em você”, foi o que a minha intensa expedição a tantas religiões, a tantos cultos e a tantas experiências de fé me ensinou. Somos divinos, essa é a grande descoberta a fazer, a mais pura descoberta para vivenciar a cada dia e o maior ato de fé que podemos ter. É o que temos que lembrar a cada amanhecer, a cada entardecer, a cada noite.

 

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