A sensação de criar algo que faz a vida das pessoas ficarem melhor é a melhor sensação que posso experimentar. Ainda mais quando consigo mudar a vida de pessoas de todo o Brasil bem daqui de Manaus, essa terra que escolhi viver.
Vou contar como fiz isso…
Nos últimos 30 dias estive completamente envolvida com a criação e execução do CONAEI, meu Congresso Nacional de Ensino pela Internet promovido pela minha empresa que tem um ano de existência, a Equipar para Vencer. Organizei o evento virtual todo da minha casa, 100% sozinha, e reuni 18 palestrantes brilhantes do universo de aprender e ensinar pela internet que puderam falar para uma audiência de 2.989 pessoas.
Fiz isso da minha sala, no bairro Aleixo, olhando para as árvores que ainda encantam a paisagem da Morada do Sol.
Daqui, de Manaus, gravei todos os vídeos que compuseram o congresso, criei toda a estrutura de transmissão, divulguei o evento para todo o Brasil, recebi as palestras criadas por todos os palestrantes que estavam ou em São Paulo, ou em Paris, ou no Rio de Janeiro, ou na Tailândia, ou em Goiânia ou mesmo em Belo Horizonte.
Daqui, de Manaus, tudo aconteceu e pessoas de todo o Brasil se viram, frente a frente, com palestrantes fantásticos que puderam compartilhar conhecimentos preciosos sobre como aprender no mundo digital e como montar seus negócios pela internet ensinando o que sabem de melhor.
Foram dias intensos de muitas palestras gratuitas excepcionais que fizeram de todos os participantes seres renovados. Pessoas que se reuniram em torno do propósito de aumentar sua bagagem de conhecimento e encontrar caminhos possíveis para entregar o que têm de melhor para o mundo. Pessoas que encheram minha caixa de e-mail com mais de 1.240 mensagens de agradecimento. Pessoas que puderam abastecer suas mochilas com novas visões e perspectivas.
A imprensa de Manaus me deu bastante espaço e fico feliz com as publicações que saíram no jornal A Crítica, no Portal D24AM e na rádio Amazonas. Mas mesmo a imprensa não conseguiu traduzir que essa iniciativa sairia daqui de Manaus e percorreria os quatro cantos do Brasil como fez.
Se hoje há algo que quero cantar aos quatro ventos é que o mundo não tem fronteiras e que somos, antes de tudo, seres globais. O mundo é a nossa casa. E não pode mais haver a ideia de centro e periferia, capital e interior. Estamos todos em rede e por estarmos assim somos conectados por nós e não por hierarquias. Nenhuma hierarquia tem validade mais nesse mundo. Nem de regiões, nem de poder, nem de status, nem de conhecimento. Precisamos entender isso para até mesmo pararmos de nos comportar como inferiores, até mesmo para pararmos de achar que qualquer notícia sobre Manaus que sai no jornal é motivo de comemoração. O jornal não é o produtor oficial de notícias, todos nós somos grandes portais agora num mundo emaranhado por redes sociais.
A imagem da prostituição infantil não pode ser o estereótipo que o restante do Brasil carrega de nós. A imagem da corrupção suja da política do estado não pode ser o estereótipo que o restante do Brasil carrega de nós. A imagem do indígena e da floresta não pode ser estereótipo da própria cidade de Manaus como pelo restante do Brasil o é. Em tempos de rede, de internet, de conexão não há mais espaço para estereótipos porque somos todos produtores de conhecimento e realidade. Não estamos mais no tempo em que as notícias só chegam pela televisão.
Nesse mundo das redes, Manaus é tão central como São Paulo é. Rio é tão central como floresta amazônia é. Em tempos de mundo conectado, não interessa mais onde estamos, interessa o que partilhamos, os propósitos que carregamos e o conhecimento que entregamos.
Meu orgulho de fazer todo esse movimento bem aqui de Manaus, a terra do sol, é enorme. Dessa experiência pude vivenciar com todas as outras pessoas que estiveram presentes no evento a lição de que Manaus precisa se enxergar como centro, tal como qualquer outro lugar do mundo é quando se comporta como um. Gosto de ver Manaus como gente grande capaz de promover encontros e compartilhar conteúdo de qualidade, promover mudanças sociais e transformar realidades.