“Que bom que está chegando o final de semana pra eu ‘descansar em paz’, que bom que está chegando a aposentadoria, que bom que estão chegando as férias”… é comum ouvirmos esse discurso, ele está presente nas nossas veias. A ideia de recompensa no final do caminho é a cultura que molda muitas das nossas ações e escolhas no dia a dia.
E o que tenho pra te dizer é que pautar ação no presente por uma recompensa no futuro não é algo que vai cair bem no longo prazo. Bem, desde a live de ontem sobre empreender nossas vidas essa foi a mensagem típica que eu mais recebi “mas, Paula, qual o problema de eu esperar pela minha aposentadoria ou torcer para chegarem minhas férias?”.
Minha gente! Não tem problema aparente nenhum, só que você tem que observar o seguinte no seu desejo por férias, ou final de semana, ou aposentadoria: eles são suas recompensas por ter feito o caminho que escolheu fazer? Você está se sentindo vivo e recompensado durante o seu caminho que é feito no dia a dia, passo após o outro? Você está vivendo sua vida esperando o momento que vai poder descansar, finalmente?!
Você só faz o que faz porque depois vai ser recompensado com não movimento? Essas questões ajudam a perceber se você está se mantendo vivo no caminho, se você está presente no hoje e nas trocas e servir que estão ativos a todo instante ou se está fora da vida: ou num movimento de pulsão de morte, que é muito parecido desejar “descansar em paz”, ficar em paz, ter a vida ganha. Ou num estado de total ausência do que vive no instante presente.
Com essas pistas você pode explorar sua postura diante do agora, que é de fato o único momento em que podemos escolher estar vivos.
Paula Quintão
26 de março de 2019