Endometriose (e o feminino).
Em 2017 eu sentia dores tão terríveis durante meu período menstrual que achei que algo grave se passava comigo. Minha médica suspeitou de endometriose e depois de uma série de exames pouco conclusivos eu saí com esse carimbo: “suspeita de endometriose”. O jeito, segundo ela, era que eu tomasse pílula sem interrupção para evitar o período menstrual e os efeitos não se tornassem ainda mais danosos do que a dor.
Reconheço que o corpo físico nada mais é do que aquilo que se passa conosco em outros planos mais sutis. Naquele momento eu era convidada a tratar, uma vez mais e por outros ângulos, o meu feminino e seus ciclos.
Esse quadro (lindíssimo hahahah) pintei naquela época para reensinar ao meu fluxo o caminho.
O que aprendi sobre a endometriose foi muito objetivo: nosso corpo de mulher pode esquecer o caminho das águas, pode esquecer sobre seus ciclos. Mulheres de uma mesma casa tendem a ficar menstruadas todas juntas. Mas mulheres que só convivem com homens ou que agem constantemente dentro de um modo operandis yang simplesmente “erram o caminho” e suas águas e fluxos tendem a ir para outros cantos nada seguros. É o que a endometriose queria me mostrar.
Hoje não tenho mais nenhum efeito, nenhuma dor e meus ciclos são perfeitamente regulares. Só agradeço, pois graças a endometriose pude voltar ao eixo.
Reencontrar nossos ciclos e nosso caminhos, reencontrar o destino de nossas águas, reencontrar as margens dos nosso rios, reencontrar o oceano.
Por aqui é tempo de inscrições abertas para a Travessia de Inverno do Espírito Selvagem e por lá nos reencontraremos umas com as outras. 🙏🏻🙏🏻🙏🏻