Essa é a carta da Existência, ela é correspondente à carta do Mago, arcano maior I. O mago tem em sua mesa as ferramentas que precisa para dar vida na matéria àquilo que escolhe trazer do plano das ideias para o plano da manifestação. O mago tem em seu chapéu o símbolo do infinito que nessa carta aqui é representada pelo céu imenso e pelas estrelas. O firmamento representa esse campo infinito de possibilidades em que estamos imersos. Um campo de milagres. Um campo em que tudo é possível. Olhamos para o céu e entre os tantos caminhos e rumos possíveis, ESCOLHEMOS o nosso. Eis aqui a chave do Mago e do seu chapéu: a escolha. Escolher… eis a chave. A partir do momento que escolhemos, a magia começa. A depender do que escolhemos, as resultantes vão se apresentar, que nada mais são do que coletas dos plantios feitos ou das artes que como magos fizemos a partir de nossas mãos. Nesse momento de reflexão me lembro do Krishna em seu diálogo com o Arjuna, no clássico encontro do Bhagavad Gita, “só há duas escolhas possíveis entre tantas: para cima ou para baixo”. Nas palavras da Cabala, seria dizer, escolher entre revelar luz ou não revelar luz. Expandir ou não. Somente num ato de CONFIANÇA podemos escolher o “para cima”, o milagre, o revelar luz. Pois na desconfiança não fazemos isso, ao contrário. No medo nos escondemos, no medo nos acreditamos desamparados e sem recursos, no medo acusamos os outros e a vida pelas nossas infelicidades, no medo nos empenhamos menos, no medo apostamos na escuridão. Não é fácil escolher pelo milagre, porque muitas partes dentro de nós desacreditam, mas é possível. E é esse nosso treino de todo santo dia: escolher, uma vez mais, é forma de nos treinarmos como Magos da nossa Existência.
Tenham um bom domingo, boa semana. 🙌🏻✨🙏🏻♾️ Paula Quintão.