HERMANA em São Paulo e o Que Nos Une

Minha irmã veio a São Paulo semana passada. Ela e o meu sobrinho Daniel. Eu e minha filha nos organizamos num esquema milimetricamente calculado porque minha irmã viria numa espécie de operação de guerrilha.

Pouso em Congonhas, horário marcado no Sírio Libanês para colher sangue para um exame desses que é uma raridade quando aparece um paciente para fazer, descanso na minha casa de noite e, no dia seguinte, se tudo tivesse dado certo, voo de volta para Juiz de Fora. Deu tudo certo.

Orquestramos tudo nós quatro, as médicas do hospital e os transportes todos. Rimos, nos abraçamos, contamos nossas histórias, celebramos o que nos une, apertamos o Daniel e na sexta lá estava eu acompanhando minha irmã no embarque. Sabe… tem algo que não muda nunca: uma irmãzinha mais nova será sempre uma irmãzinha mais nova. Ela pode ter dado conta de tudo, ser a leoa da selva, ser a rainha do reino, ter enfrentado um mundo de desafios e um pouco mais, ainda assim, para sempre, é minha irmãzinha mais nova.

Fizemos o check in, preparamos o documento na lateral da mochila e no caminho para o embarque tiramos foto e nos despedidos. Sabe… há uma certa poesia ao observar o outro em seu caminho. Fiquei observando minha irmã enquanto ela seguia para o portão. Foi um desses momentos divinos de emoção ver minha irmãzinha menor carregando de canguru o Daniel e nas costas a mochila compacta que trouxe.

Ela andando devagar com o peso equilibrado entre as costas e o filhote na frente do corpo e ao mesmo tempo tentando tirar os documentos da lateral da mochila. Chorei vendo minha irmã. Chorei porque ela é tão bonita sendo mãe. Chorei porque ela é minha irmãzinha se virando viajando sozinha com o baby. Chorei porque dava vontade de ir lá e tirar o documento da lateral da mochila pra ela. Chorei porque o tempo tem essa beleza de passar, de mudar tudo e fazer permanecer o que nunca muda.

Te amo, irmã. Amo a sua existência e a tudo que a conduz. 🙏🏻✨♥️ #hermana #tempo 

Paula Quintão, 06 de maio de 2019