Livros

Perdas e refazimento: as dádivas ocultas (2023)

Este é um livro sobre as perdas. Começa assim, com uma perda. A perda da minha irmã. Mas não precisa haver um baixo astral por causa disso.

Esse é o livro sobre todos os tipos de perda. Também começa com a perda a minha mala, mala que esqueci no bagageiro de um ônibus na Alemanha. Este é o livro sobre as perdas mais simples e sobre as perdas mais densas. 

Este será também um livro sobre os ganhos, ou, melhor dizendo, sobre as bem-aventuranças que nos aguardam em meio às perdas, sobre as dádivas ocultas no perder. 


Das Tarefas Domésticas (2021)

As tarefas domésticas, além de não se esgotarem, de sempre retornarem à lista do “precisa ser feito”, também são invisíveis. Todas as tarefas domésticas só são percebidas se não são feitas. E uma vez que não são feitas, se tornam visíveis.

Deixar de lavar. E uma pilha de louças se forma.

Deixar de organizar. E o caos toma conta.

Deixar de cozinhar. E o estômago reclama.

Deixar de passar. E as roupas são vestidas amassadas.

Deixar de varrer. E os farelos estão por todo o chão.

Para sermos vistas e reconhecidas, nós mulheres investimos no “não fazer das tarefas domésticas”. E essa virou nossa bandeira, a aparente bandeira da liberdade. Da maturidade feminina. Dos direitos iguais. Da luta pelo reconhecimento. É, digamos que nos equivocamos.

E nos equivocamos porque nos escapou algo: também nós não estávamos vendo. Também nós, logo nós, que VÍAMOS de camarote todo o trabalho feito, não estávamos vendo. Víamos sem enxergar. Foi aí, então, que o invisível nos escapou.


Entre Curativos e Remendos, das rendições do amor (2020)

Levou um certo tempo para que o que havia em mim pudesse vir ao papel. Aguardava uma permissão. Aguardava que tudo estivesse perfeito como manda o figurino. Até que percebi que nesta vida não haveria prova final da disciplina obrigatória chamada relacionamentos. Uma vez liberada do ideal, eu me permito viver e experimentar, ser como tem que ser, sentir o caminho e suas curvas, seus altos e baixos, seus vales e montanhas, e não esperar pelo “final feliz”. Abri os olhos. E me recordei que é na imperfeição que há espaço para expandir, que é a incompletude que abre espaço para a troca, e que em vida, o estar pronta é um constante paradoxo: pronta para o AGORA e sempre com partes a completar para o amanhã. Eis aqui o livro do amor. O livro lembrete. O livro da parte que nunca morre. 


O Caminho Que As Estrelas Me Viram Cruzar (2017)

Esse é o livro da vida que se encontra no intervalo entre o nascer e o partir.

É o livro da vida que é uma dança entre deixar ir e seguir, da vida que é esse “vamos em frente” sem fim, da vida que é esse encontrar e despedir, da vida que é esse não saber o que vem amanhã. E tudo bem.

Esse é o livro sobre a vida em sua plena finitude, o livro sobre nossas vidas serem espelhos umas das outras. E sem- pre nos enxergarmos um na história do outro.

Esse é o livro sobre os caminhos que se fazem caminhando, o livro sobre os passos que me levaram a Santiago de Compostela, numa jornada de 800km de muito aprendiza- do, e além de Santiago, às profundezas da minha alma.

Esse é o livro sobre sermos todos peregrinos. E estarmos todos a transcorrer viagem.

O Caminho de Santiago é mais que uma peregrinação, é uma jornada repleta de símbolos sobre a mágica que é a própria existência. Caminhe ao longo das páginas e linhas do livro de Paula Quintão e explore suas próprias lições e aprendizados.


Para Sempre Um Novo EU (2012)

SOMOS SERES em transformação. Hoje, versões melhores do que éramos ontem. E assim, de passo em passo, nossas histórias são capazes de nos trazer novos olhares, novas descobertas, um novo EU.

Ao longo das páginas desse livro é possível caminhar ao topo do Monte Roraima ao lado de Paula Quintão, mas além dele, para uma bela e inspiradora história de transformação.