Não há como percorrer o Louvre e não nos questionar sobre nossa capacidade de criação. Nós humanos somos seres criadores. Somos capazes de criar esplendores quando nossa atenção e energia estão bem direcionadas, movidas a uma intenção. Somos capazes de usar o que temos em nós para elevar a outros níveis esse mundo – quando assim intencionados.
A fonte do criar é sempre interna, é sempre a partir do que eu tenho, é sempre com base no que me constitui. Também o criar do outro, por mais que seja admirável, não substitui nosso próprio criar. É preciso percorrer nosso próprio caminho criador. Quando não usamos o poder de criação, esse que viemos a esse mundo exercitar, algo em nós perde o brilho, perde a força, perde perspectiva, perde razão de ser, angustia-se.
Vocês viram meu conteúdo sobre a inveja num do último vídeo para o canal. Saibam: a inveja vem todas as vezes que você está criando aquém da sua capacidade. O humano é criador. Somos. E temos sempre muito chão para nos aprimorar. Então num Museu como o Louvre, que é belo não só pelo que ele guarda, mas pela própria estrutura que ele é, a admiração pelo que criaram é sempre ativada, até o canudo do café me encantou, não sei que material é aquele que usaram para substituir o plástico, mas ficou fantástico; mas o questionamento que precisa vir é sobre: “e minhas criações, a quantas andam?”, essa pergunta precisa também estar nos exercícios. Senão passamos pelos corredores da vida (ou timelines afins) somente como comentadores das obras dos outros, soltando uma pérola ou outra sem nenhuma mão na massa, sem ter nada em mãos para somar. A partir do que criamos, nos realizamos.