Minha amiga Elisa é sempre muito boa nas definições. Ele consegue ir na essência e isso me traz uma paz de espírito porque traduz o que eu sei que está posto mas ainda oculto. E eu dizia a ela sobre os relacionamentos amorosos, sobre eu estar num momento que não preciso construir uma nova família, ou uma casa, ou um edifício ou qualquer obra que seja.
Ao mesmo tempo que sinto ser o caminhar lado a lado que importa, também sei que algo fica muito frouxo assim. Meu cunhado me dizia que sem ter um objetivo de construção os relacionamentos estão fadados ao fim. E uma parte minha sabe ser verdade o que ele diz, e outra parte sabe que a definição ainda não estava boa porque a ideia de construção ainda soava material demais. Até que a Elisa veio com a peça que me faltava: ”as pessoas esqueceram do valor de construir histórias”. É, é isso. É uma história… é uma história que me importa construir. Caminhar lado a lado, compor juntos, perceber e celebrar o encontro, adentrar a intimidade. Uma história que se constrói de mãos dadas, em partilhas que tornam tudo mais rico e trocas que fazem o mundo expandir. Escritora que sou, percebo e agradeço. Agora eu sei.
É esse o caminho a viver, é essa a construção a partilhar. #relacionamentos #novolivro
Paula Quintão, 17 de julho de 2019