Um pouquinho mais do “Aproveite nosso serviço de bordo” no barco.
As baratinhas não ligavam muito para o detefon, voltavam aqui e ali para apavorar minha amiga Mayanne. E nosso herói nacional se tornou o Lysoforme, tínhamos em spray e em lenços umedecidos. Estávamos viciadas em espirrar em tudo.
Na última noite eu perdi o sono no meio da madrugada. Comecei a ouvir um som que parecia um bicho. “Qui-qui-qui-qui-qui”. Que será isso, gente? Eu lá na cama com a mala atrás da minha perna, toda encolhida para o ar condicionado não acertar em mim, e com os olhos super arregalados tentando identificar aquele “qui-qui-qui-qui-qui”. Comecei a pensar que poderia ser um rato. Daí não aguentei. “Mayannneeee, está ouvindo esse som?”, ela do andar de baixo do beliche com voz de quem visivelmente estava dormindo o bom sono. “Que som, Paula?”. Eu fui logo dizendo “Esse som de “qui-qui-qui”. “Paula! Eu já me resolvi com as baratas, resolve também suas paranóias e vai dormir”. Hahahahahah “Tá!”. 😂😂😂 Resolvi fazendo um longo discurso para mim mesma “Paula, é só paranóia. É só sua mente. Se aparecer um rato você vê o que faz. Mas agora é só um qui-qui-qui, que parece um rato. Só parece. Talvez seja. Mas é melhor dormir. Dorme”.
Mal sabia eu que o ratinho apareceria ao final da constelação em Goiânia, como contei a vocês. Hihihihih a vida e seu senso de humor.