Li nas páginas do Byung-Chul Han, em seu livro No Enxame, algo que me tocou profundamente sobre nossas conexões online. Ele diz sobre o quanto, ao nos vermos aqui pelas mídias, nos faltar os olhos que se encontram. É verdade. No online nossos olhos não se tocam. Se tocam de maneira assíncrona. Se o meu olho, numa reunião, olha para os seus olhos, para você o meu olhar está mais baixo porque eu não estou olhando para a câmera por estar ocupada olhando seus olhos. E se você me olha nos olhos, também o seu olhar não toca o meu, já que a câmera estará mais acima do ângulo para onde você olha.
Tocou meu coração. É tão valioso o olhar nos olhos.
Nos faz tão humanos, tão fortes e vulneráveis ao mesmo tempo. Aqui meus olhos a dizer “eu te vejo”.
Assíncronos, mas em conexão. Para que eu possa ver os seus, me marque em suas postagens ou me envie uma foto. Pararei por um instante. Respirarei fundo. E trarei sua presença para dentro de mim. Em conexão, eu te vejo.