Se o tema dessa viagem é a restauração e o refazimento, não poderia ser diferente. Eu precisaria encarar meus próprios desmoronamentos internos, precisaria olhar para os remendos mal feitos que um dia cobrariam obras mais estáveis. Aqui estou em terras de ancestrais, de histórias remotas que só pude acessar graças a mergulhos profundos. Daqui, dessas terras da Alemanha, eu não sabia bem ao certo onde, mas sabia que sim, em algum lugar no mapa aquela história toda apontava. Encontrei. E junto dela encontrei esse lugar interno desmoronado e aos pedaços. Sabe, Paula, há momentos que é preciso parar, não fazer nada e apenas olhar, olhar de verdade, e ver a bela dança que as dores fazem dentro de nós. Da dor, a escolha por seguir. Da dor, a capacidade de se refazer. Da dor, a inevitável restauração das partes que nos compõe.
Obrigada por me indicar um ponto no mapa.