A grande transcendência está em, com uma clareza óbvia e evidente, reconhecer verdadeiramente que nessa caminhada nada se perde. E que tudo aquilo que consideramos uma perda, produz, como efeitos, ganhos imensamente mais abundantes. A perda é só um ângulo para enxergar alguns eventos que compõe a nossa jornada – aquilo que deixa de ser como é, o que se vai, o que se transforma. A transcendência é a evidência, límpida e cristalina, de que nada foi perdido, de que o que é real permanece, e que o ajuste a ser feito está sempre na nossa visão – os fatos não nos levam a perdas, o que nos condena às perdas é nossa visão. Transcender, nada mais é, que ter olhos para ver.
